João, chamado o batizador, é filho de Zacarias e de Isabel. Sabemos pelas palavras do Anjo Gabriel, que João (cujo nome significa “Deus é propício”) foi concedido aos dois cônjuges em idade avançada. É profetizado na Escritura como o Precursor do Messias. A criança que vai nascer percebe a presença de Jesus “estremecendo de alegria” no ventre materno por ocasião da visita de Maria à prima Isabel. Enviado por Deus para “endireitar os caminhos do Senhor”, foi santificado pela graça divina antes mesmo que seus olhos se abrissem à luz.
Conforme a cronologia sugerida pelo Anjo Gabriel (este é o sexto mês para Isabel), o nascimento do Precursor foi fixado pela Igreja Latina três meses após a Anunciação e seis meses antes do Natal. A celebração da Natividade do Batista é, com a do nascimento de Jesus e de Maria, a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um Santo. São João Batista é o primeiro Santo venerado na Igreja Católica com uma festa litúrgica particular. Isso atesta o grande interesse que em todas as épocas suscitou este austero Profeta, definido pelo próprio Cristo como “o maior entre os nascidos de mulher”.
Na história da Redenção, João Batista está entre as personalidades mais singulares: é o último Profeta e o primeiro Apóstolo, enquanto precede o Messias e lhe dá testemunho. Castigador da hipocrisia e da imoralidade, pagou com o martírio o rigor moral que ele não só pregava, mas punha em prática, sem ceder também diante da ameaça de morte. A 29 de agosto a Igreja lembra, com uma segunda comemoração litúrgica, o martírio do Batista, protótipo do Monge e do Missionário.
Ó Deus, que suscitastes São João Batista, a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei à vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.