Os turinenses chamavam-no “o padre da forca”, com uma mistura de admiração e de compaixão, porque em toda execução capital ao lado do condenado estava sempre o Pe. José Cafasso, magro, encurvado não pelos anos (morreu aos 49 anos em 1860); mas pelo desvio da espinha dorsal que o obrigava a estar inclinado também nas poucas horas do dia em que passava fora do confessionário. Padre José de fato dedicava grande parte do seu mistério sacerdotal escutando confissões e confidências. Canonizado em 1947, foi declarado o Patrono dos encarcerados e dos condenados à pena capital, pois durante a vida tinha feito do cárcere o lugar preferido para o seu apostolado sacerdotal.
Nascido em Castelnuovo d’Asti, em 1811, José Cafasso era de temperamento reflexivo, manso, estudioso, gostava de dedicar várias horas à meditação diante do Santíssimo Sacramento nos breves períodos de férias que passava na sua cidade, durante os anos de Seminário.
José Cafasso, ordenado Padre aos 22 anos, freqüentou o Curso de Teologia em Turim, na Escola Teólogo Guala, de quem herdou a cátedra pouco depois e teve como aluno Dom João Bosco. O padre José Cafasso esteve constantemente ao lado de Dom João Bosco, também com alguma ajuda financeira, e antes de morrer deu todo aquele pouco que possuía a ele e ao Cottolengo.
Não permitais, Senhor, sejamos servidores de nossos egoísmos e auto-suficiências. Dai-nos a consciência de que somos feitos de sangue, de carne, de nervos, de músculos, de desejos e sonhos, de angústias, de fé, de coração, de misericórdia e compaixão. Amém.