Severino provavelmente era descendente de nobres famílias de Roma. Nasceu no ano 410 e morreu no dia 8 de janeiro de 482, já em pleno declínio do Império Romano. É neste contexto histórico que surge a grandiosa figura de São Severino, mais inclinado à vida contemplativa e eremítica que à ação, conhecido como o apóstolo da Nórica, hoje, Áustria.
Sua caridade concreta para com os necessitados, sua integridade de vida e sua fé profunda conquistaram definitivamente o coração simples dos bárbaros, a começar pelos chefes. Eugipo conta que o próprio rei dos alamanos, Gibuldo, tinha para com ele “suma reverência e afeto”. Escutava-o com respeito, dócil como um filho. Flaciteu, rei dos ruges, consultava-o frequentemente e nada fazia sem o seu conselho.
Foi estimado, respeitado e amado pela gente humilde e também por reis e guerreiros. Vivia na simplicidade, desapegado de tudo: vestia-se com a mesma túnica no verão e no inverno, dormia as diminutas horas de sono estendido sobre a terra, com o cilício apertando-lhe o corpo e na quaresma comia apenas uma vez por semana.
Fundou um grande número de mosteiros, a fim de dar abrigo às populações desterradas. Poucos anos antes de sua morte, os monges foram expulsos. Seus restos mortais foram recolhidos pelos monges e transportados a um mosteiro beneditino que traz seu nome, em Nápoles.
Deus, nosso Pai, em São Severino nos destes um exemplo admirável de bondade e de amor cristão que é servir e exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em conta raça, cor, cultura, religião… Nós vos pedimos, Senhor, que em Jesus, vosso amado Filho, nosso irmão, e mediante o vosso Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de vosso amor e de vossa ação na história humana. Amém.