Ângela nasceu em 1248 na pequena cidade de Foligno, Úmbria, terra de Francisco de Assis, Itália. Faleceu em Foligno em 1309. É considerada uma das primeiras místicas italianas. Admiradora de Francisco de Assis, ela procurava imitá-lo na pobreza e no serviço aos irmãos. No ano de 1285 São Francisco lhe apareceu em sonho e exortou-a a percorrer com coragem o caminho da perfeição. Depois da morte dos filhos e marido, aos 37 anos de idade, provada pelo sofrimento e reconsiderando sua vida vazia e acomodada, abandonou tudo e ingressou na Ordem Terceira de São Francisco emitindo os votos religiosos no ano de 1291.
Foi congregando em torno de si mesma um grupo, sempre mais numeroso, de “filhos e filhas espirituais”, que se viam atraídos por sua santidade. A estes endereçava cartas chamadas de “Instruções Salutares” sobre os temas da pobreza, da humildade, da caridade e da paz interior. Afirmava: “O supremo bem da alma é a paz verdadeira e perfeita… Quem quer, portanto, perfeito repouso trate de amar a Deus com todo o coração, pois, Deus mora no coração. Ele é o único que dá e que pode dar a paz”.
Sua autobiografia intitulada “Trinta Passagens” é tida como uma das mais preciosas obras místicas católicas produzidas na Idade Média. A Igreja atribui-lhe o título de beata, que a devoção popular ampliou para o de santa há muitos séculos.
Deus, nosso Pai, quando o sofrimento vier nos visitar e, na aflição, não quisermos aceitá-lo, dai-nos força para não cairmos no desespero. Conservai viva e inabalável a nossa esperança. Na hora da dor, fazei-nos compreender, Senhor: sois vós que lavrais nosso campo e trabalhais a nossa terra, até que as sementes germinem, cresçam as searas e produzam em nós abundantes frutos. Amém.