Após a anunciação do anjo, Maria sai (apressadamente, diz São Lucas) para fazer uma visita à sua prima Isabel e prestar-lhe serviços. Ajuntando-se provavelmente a alguma caravana de peregrinos que vão à Jerusalém, passa a Samaria e atinge Ain-Karin, na Judéia onde mora a família de Zacarias. É fácil imaginar os sentimentos que povoam sua alma na meditação do mistério anunciado pelo anjo. São sentimentos de humilde gratidão para com a grandeza e bondade de Deus, que Maria expressará na presença da prima com o Hino do Magnificat.
A presença do Verbo Encarnado em Maria é causa de graça para Isabel que, inspirada, percebe os grandes mistérios que se operam na jovem prima, a sua dignidade de Mãe de Deus, a sua fé na palavra divina e a santificação do precursor, que exulta de alegria no ventre da mãe. Maria ficou com Isabel até o nascimento de João Batista, aguardando provavelmente outros oito dias para o rito da imposição do nome.
O atual calendário litúrgico leva em conta a narração evangélica que coloca a Visitação no período dos três meses entre a Anunciação e o nascimento de João Batista, fixando-lhe a festa no último dia de maio, como coroação do mês que a devoção popular consagra ao culto particular da Virgem Maria.
Ó Deus todo-poderoso, que inspirastes à Virgem Maria sua visita a Isabel, levando no seio o vosso Filho, fazei-nos dóceis ao Espírito Santo, para cantar com ela o vosso louvor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.