29 de maio – Santo do Dia – Memória Facultativa de Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem

A família dos Pazzi era uma das mais importantes da Florença renascentista, opulenta e festiva. Catarina de Pazzi (Maria Madalena foi o nome assumido pela Santa Carmelita na Profissão Religiosa) nasceu em 1566. Participou da situação histórica e social do seu tempo escrevendo cartas muito corajosas ao Papa, aos Cardeais, aos Bispos e aos Príncipes, apontando as causas dos males que afligiam a Igreja na deficiência dos cristãos e de seus Pastores.

É este um dos lados extraordinários da Santa, associada à paixão de Cristo com os estigmas e outros fenômenos místicos como as visões, os êxtases, os raptos, durante os quais tratava de árduas questões teológicas. Três coirmãs, encarregadas pelo Diretor Espiritual, transcreviam as revelações da Ir. Maria Madalena. O livro, intitulado Contemplações e redigido de modo excepcional, é considerado um importante tratado de teologia mística, e ao mesmo tempo nos revela o itinerário espiritual da Santa, que havia entrado aos 18 anos no mais austero Convento florentino, o das Carmelitas.

Desde pequenina, Catarina de Pazzi, mostrava-se mais inclinada à devoção que à vida divertida do seu tempo. Teve de fato o privilégio, até então raro, de fazer a primeira comunhão com a idade de 10 anos. Dando adeus ao mundo e trocando o nome, a Ir. Maria Madalena foi um instrumento dócil da graça divina, atravessando todos os estados da vida mística, dos arrojos da contemplação à tormentosa prova da morte dos sentidos, na escuridão abissal da aridez espiritual, com duração de 5 anos, durante os quais foi provada na fé, na esperança e na caridade. E finalmente, no dia de Pentecostes de 1590, seu espírito foi novamente submerso pela esplendorosa luz do êxtase, reforçando-se para a prova sucessiva, a da dor física.

Martirizada no corpo por úlceras dolorosíssimas, quando a dor se tornava insuportável, a Ir. Maria Madalena, escolhida pela sua Ordem para Mestra das Noviças, encontrava a força de repetir aquelas palavras que se tornaram norma da sua vida: Padecer, e não morrer. Morreu a 25 de maio de 1607, no Convento de Santa Maria dos Anjos, em Florença. Foi canonizada em 1669.

Ó Deus, que amais a virgindade e cumulastes de graças Santa Maria Madalena de Pazzi, abrasada de amor por vós, fazei que, celebrando hoje sua festa, imitemos seus exemplos de caridade e pureza. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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