A solenidade dos Santos Pedro e Paulo é uma das mais antigas e mais solenes do ano litúrgico. Ela foi inserida no Santoral muito antes da Solenidade do Natal e havia desde o século IV o costume de celebrar neste dia três Missas. A primeira na Basílica de São Pedro no Vaticano, a segunda na Basílica de São Paulo fora dos Muros e a terceira nas Catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos dois Apóstolos tiveram de ser escondidas por algum tempo para subtraí-las à profanação. Depois da Virgem Santíssima, são precisamente São Pedro e São Paulo, juntamente com São João Batista, os Santos comemorados mais frequentemente e com maior solenidade no ano litúrgico: além da solenidade do dia 29 de junho há de fato o dia 25 de janeiro (conversão de São Paulo), 22 de fevereiro (Cátedra de São Pedro) e 18 de novembro(Dedicação das Basílicas dos Santos Pedro e Paulo).
O martírio de ambos é um dado histórico incontestável e está provado que aconteceu em Roma durante a perseguição de Nero. São Pedro foi martirizado na Colina Vaticana e São Paulo na localidade agora denominada Três Fontes.
São Pedro e São Paulo de fato, embora não tenham sido os primeiros a trazer a fé a Roma, foram realmente os fundadores da Roma cristã: um antigo hino litúrgico definia-os como pais de Roma; um dos hinos do novo breviário fala de Roma que foi “fundada em tal sangue”. A palavra e o sangue são a semente com que os Santos Pedro e Paulo, unidos com Cristo, geraram e geram a Roma cristã e a Igreja inteira.
Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.