De Simão, o mais desconhecido dos apóstolos, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, dividido com outro Simão. Para distingui-lo de Pedro, os evangelistas Mateus e Marcos lhe dão o sobrenome de Zelote ou Cananeu. O apelido pode significar tanto a cidade de proveniência, como a sua participação no partido dos zelotes, ou conservadores das tradições hebraicas. Nada sabemos das circunstâncias que se referem à sua vocação. Simão, o desconhecido, é sempre um apóstolo do Senhor, protótipo de tantos discípulos sem nome, que trabalham a vida toda na vinha do Senhor ou combatem nas trincheiras da fé não em vista de uma menção de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus.
Como os outros apóstolos, também Simão percorreu os caminhos do Evangelho “sem mala, sem dinheiro, pregando o reino dos céus; curou os enfermos, ressuscitou os mortos, limpou os leprosos, expulsou os espíritos maus”. Segundo uma notícia de Egesipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, em 107, com a respeitável idade de 120 anos.
Judas, não o Iscariotes, ocupa o último lugar no elenco dos apóstolos, com o sobrenome de Tadeu, e é identificado com o autor da epístola canônica que traz o seu nome. O apóstolo que teve a infelicidade de partilhar o nome com o traidor, é chamado também irmão do Senhor.
Conforme as notícias de Eusébio, Judas teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), (isso explicaria a presença de Maria e de Jesus). O breve escrito de Judas Tadeu é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.
Ó Deus, que, pela pregação dos Apóstolos, nos fizestes chegar ao conhecimento do vosso Evangelho, concedei, pelas preces de São Simão e São Judas, que a vossa Igreja não cesse de crescer, acolhendo com amor novos fiéis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.