28 de fevereiro – São Romano, abade

Os primeiros contatos dos monges orientais com o mundo latino foram propiciados pelos frequentes exílios de Santo Atanásio. Foi no século IV que se desenvolveu a vida monacal no Ocidente. O primeiro mosteiro surgiu na França em 371 por obra de São Martinho de Tours. Depois disso houve um florescimento de mosteiros, entre os quais em Ainay, perto de Lião, onde encontramos o monge Romano. Os severos regulamentos do mosteiro eram mui brandos para ele. Com o consentimento do seu abade ele pegou a Bíblia e o indispensável para viver e sumiu. Alguns anos depois o seu irmão Lupicínio o encontrou e se agregou a ele. Mais tarde muitos os seguiram no eremitério. Fundaram um mosteiro em Condat e outro em Beaume.

Os dois irmãos dividiam em perfeita harmonia o governo das novas comunidades. Tinham temperamentos completamente opostos: Romano é tolerante e compreensivo e seu irmão, austero e intransigente na observância. Assim, depois de uma colheita excepcional, os monges começaram a relaxar as abstinências. Então Lupicínio fez jogar no rio as provisões. Doze monges abandonaram o Mosteiro. Romano foi atrás deles e implorou-lhes com lágrimas para que voltassem e foi atendido.

Também aqui triunfou a sua bondade. Mais tarde, durante uma peregrinação ao túmulo de São Maurício em Genebra, em companhia de um dos seus monges, São Palade, passou a noite numa gruta, onde se abrigavam dois leprosos. Romano não hesitou em abraçá-los. Na manhã seguinte os leprosos perceberam que estavam curados. Eles que até então estavam marginalizados correram à cidade para contar o milagre e se reintegrar na sociedade. Durante essa viagem houve outros prodígios operados pelo Santo. Depois voltou à sua solidão onde morreu em 463. Morreu antes do irmão e da irmã, também consagrada a Deus e que teve seu mosteiro construído por ele. Tinha 73 anos de idade.

Deus, nosso Pai, nós vos pedimos por todos aqueles que procuram, conforme o desígnio de vosso amor, criar melhores condições de vida, uma ordem social mais justa e mais humana. Multiplicai, Senhor, os corações sensíveis e capazes de se despojarem em favor do próprio irmão, dedicando a eles o seu tempo, colocando-lhes a serviço suas capacidades, dons de vós recebidos gratuitamente. Amém.

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