Valburga, de origem inglesa, era filha de São Ricardo, rei dos saxões do Oeste. Nasceu por volta de 710 e tinha apenas 11 anos quando seu pai e seus dois irmãos Vinibaldo e Vilibaldo partiram em peregrinação para os Lugares Santos. Foi confiada, juntamente com sua mãe, à abadessa de Wimburn. Em 722 faleceu seu pai, no caminho de volta.
Recebeu uma educação austera em Wimburn. Escreveu a vida de seu irmão São Vinibaldo e compôs em latim uma narrativa das viagens de São Vilibaldo pela Palestina. Em 748, a pedido de São Bonifácio, sua abadessa, Tetta, enviou-a à Alemanha com mais algumas religiosas para fundar mosteiros e escolas em meio a populações recém convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga.
Valburga, depois de passar algum tempo com a abadessa Lioba, na Alemanha, foi ao encontro de seu irmão, que projetava uma abadia feminina em Heidenheim. Valburga tornou-se abadessa dessa nova fundação; parece que, após a morte de Vinibaldo, ela governou monjas e monges. Transpareceu a santidade de sua vida nos exemplos de mortificação que deu, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção. Era animada por um verdadeiro zelo pelo serviço de Deus. Teve muita prudência e doçura no governo de sua comunidade e por ela Deus operou muitos milagres.
Dois milagres ficaram famosos em sua vida: um, o da luz sobrenatural que envolveu a sua cela e iluminou o dormitório das Irmãs, luz que ela atribuiu aos méritos de São Vinibaldo, seu irmão; o outro, o da cura da filha de um barão, junto à qual ela permaneceu em oração, obtendo no final da noite a perfeita cura da jovem.
Em 776, Santa Valburga assistiu à trasladação do corpo de seu irmão Vinibaldo, presidida por seu outro irmão, Vilibaldo, então bispo de Eichstadt. Pouco tempo depois, caiu doente e veio a falecer, assistida em seus últimos momentos por seu irmão Vilibaldo. Era o ano de 779. Seu corpo, sepultado em seu mosteiro de Heidenheim, permaneceu aí perto de 80 anos, até a trasladação para Eichstadt.
O corpo da Santa foi encontrado incorrupto e coberto por maravilhoso fluido qual puríssimo óleo. O mesmo se notou quando, em 893, o sucessor do bispo Otkar colocou as relíquias sob o altar-mor da igreja que dedicou a Santa. O óleo tem continuado, em certos tempos, a correr do seu túmulo gota por gota em uma concha de prata preparada para recebê-lo. O óleo posto em garrafinhas é mandado para o mundo inteiro e tem operado inumeráveis milagres, mesmo em nossos dias.
Deus, nosso Pai, dai-nos sabedoria para descobrir em nossas vidas o vosso plano de amor, muitas vezes incompreensível a nossos olhos humanos e limitados e a nossos corações egoístas. Vosso amor eterno renove continuamente nosso modo de agir e de pensar. Amém.