Recordamos hoje de Maria Madalena ou de Magdala, a possessa curada por Jesus, que o seguiu e o assistiu com as outras mulheres até a crucifixão e teve o privilégio de vê-lo ressuscitado.
Os redatores do novo calendário, reconfirmando a memória de uma só Maria Madalena sem outra indicação, com o adjetivo penitente, entenderam a santa mulher a quem Jesus apareceu após a ressurreição. No capítulo VII de São Lucas, após haver descrito a unção da pecadora que aparece de repente na sala do banquete e derrama nos pés de Jesus perfumados unguentos que depois enxuga com os próprios cabelos, prossegue assim o Evangelho: “Depois disso ele andava por cidades e aldeias… Os doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças. Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joana… e várias outras, que os serviam com seus bens”.
Maria Madalena está inconfundivelmente “junto à cruz de Jesus”, depois em vigília amorosa “sentada em frente do sepulcro”, enfim, na madrugada do novo dia é a primeira a ir de novo ao sepulcro, onde vê e reconhece o Cristo ressuscitado. À Madalena, em lágrimas por ter encontrado o sepulcro vazio e retirada a pesada pedra, Jesus se dirige chamando-a simplesmente pelo nome: “Maria!” e a ela confia a notícia do grande mistério: “Vai dizer aos meus irmãos: eu subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus”. É esta a Madalena que a Igreja hoje comemora e que, segundo uma antiga tradição grega, teria ido viver em Éfeso, onde teria morrido.
Ó Deus, o vosso Filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal; dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que o Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.