Dizia a narração popular que Úrsula era filha de um rei cristão da Inglaterra, menina muito bonita, ainda na tenra idade de 8 anos, suscitou admiração e amor de um príncipe pagão, que logo a pediu em casamento.
A menina, bonita de corpo e ainda mais bonita de alma, já havia se doado a Deus secretamente com um voto e como visse que o próprio pai olhava com simpatia o jovem pretendente, julgou mais prudente não manifestar logo essa circunstância, mas recorrer a algum truque para tornar impossível ou pelo menos muito remota a possibilidade do matrimônio. Ela pediu, portanto, três anos de tempo para melhor conhecer a vontade de Deus a seu respeito; a conversão do jovem pretendente; por fim que ela e cada uma de suas dez escravas tivessem mil escravas cada uma.
A primeira e terceira condições foram cumpridas no mais breve tempo possível. E para passar os três anos, Úrsula julgou oportuno partir com toda a sua legião de meninas, em grande parte pagãs, para o continente, subindo as margens do Reno: uma a uma todas as companheiras de Úrsula, atraídas pela palavra e pelo exemplo da piedosa princesa, pediram o batismo. Foram todas batizadas em Basiléia. No caminho de volta a Colônia, Alemanha, encontraram-se com os hunos de Átila, que massacraram as meninas, com exceção de Úrsula, pela qual se entusiasmou Átila e resolveu matá-la pessoalmente. Atualmente, parece já fora de dúvida que santa Úrsula não sofreu absolutamente o martírio com onze mil virgens, mas apenas com onze.
Deus, nosso Pai, a exemplo de todos os mártires que derramaram e continuam a derramar o seu sangue por causa do vosso Reino, fazei que o nosso compromisso convosco seja cada vez mais profundo. Fortalecei a nossa fé para que sejamos testemunhas do vosso amor, da justiça, do perdão e da paz. Amém.