Conrado nasceu em Placência no ano de 1290. Os ecologistas talvez não simpatizem muito com este santo, pois durante uma caçada de lebres e faisões pôs fogo numa floresta. Os colonos se revoltaram porque tiveram muitos prejuízos. O governador, Galeazzo Visconti, condenou à morte o primeiro suspeito, que na ocasião estava no bosque. O verdadeiro culpado, Conrado Confalonieri, quando soube que um inocente pagaria por ele, confessou-se culpado e se propôs a pagar tudo. Assim fez, tornando-se muito pobre. Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Em 1315 abandonou a esposa, Eufrosina, que não quis perder para o marido e se fechou no convento franciscano de santa Clara de Placência.
Ele continuou, também como frade, sua vida de cigano, trocando de mosteiro a cada momento. Mas era muito bom e piedoso. Passou para além do estreito de Messina e em 1343 chegou a Siracusa e estabeleceu-se na cidade de Noto. Escolheu como habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade seguia-o como a sombra e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava.
Quando percebeu que as muitas visitas perturbavam sua vida de oração, Frei Conrado levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzonis, que foi depois chamada de gruta de São Conrado. Aí morreu a 19 de fevereiro de 1354. Pela veneração que os notoenses têm para com o eremita, oriundo de sua terra natal (Placência) a morar no meio deles, Frei Conrado foi sepultado na mata mais bela entre as esplêndidas igrejas de Noto: a Igreja de São Nicolau que em 1844 tornou-se a catedral da nova diocese.
Deus, nosso Pai, dai-nos perspicácia e sensibilidade, para descobrir e proclamar a vossa ação amorosa na história humana, redimida e liberta por Jesus, vosso Filho; para descobrir a vossa mão bondosa a nos guiar, vossa Palavra a nos iluminar, vosso amor de Pai a nos sustentar, pois vós sois um Deus fiel e desejais que todos sejamos salvos. Amém.