Nasceu no castelo de Grisac, em Languedoc, em 1310, de nobre família. Tinha ingressado ainda muito jovem entre os beneditinos do priorado de Chirac, onde recebeu uma sólida cultura. Doutorou-se em direito canônico e civil e ensinou na universidade de Montpelier, Toulose e Avignon, antes de receber da Cúria pontifícia vários encargos como delegado em Milão e em Nápoles, onde chegou-lhe a nomeação para Pontífice.
Consagrado bispo em Avignon, no mesmo dia, 6 de novembro de 1362, recebia a tiara com o nome de Urbano V. Este papa ativíssimo e piedoso mostrou logo possuir os dotes do homem de governo e mão firme no guiar a barca de Pedro, numa época tão difícil na vida interna da Igreja.
Apenas cinco anos após sua elevação ao sólio pontifício, e precisamente a 30 de abril de 1367, embarcou com toda a cúria sobre uma verdadeira frota de navios e dirigiu-se para Roma. Após uma parada em Gênova e um descanso em Viterbo o papa podia finalmente recolocar o pé na Cidade Eterna, a 16 de setembro de 1367, acolhido por toda a cidade em festa. Muito mais que à restauração das coisas materiais, o santo pontífice olhou para a reconstrução espiritual da Igreja, promovendo a unidade entre os cristãos, que pareceu realizar-se através da união da Igreja grega com a latina em 1369.
Infelizmente a pacificação dos ânimos dos Estados Pontifícios durou pouco, e a 7 de abril de 1370, Urbano V deixava novamente Roma para tornar a Avignon, não obstante as súplicas e as exortações de tantos, entre os quais santa Brígida, que lhe predisse que em breve morreria, se voltasse para Avignon. Morreu de fato a 19 de dezembro de 1370. Os grandes méritos do seu pontificado, que durou oito anos, foram uma eficaz reforma dos costumes e um particular incremento da doutrina cristã e dos estudos em geral.
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.