18 de junho – Santa Juliana de Falconieri, virgem

Nasceu em 1270, filha de Caríssimo e Ricordata. Seu pai tornou-se muito rico, por sua habilidade comercial; temendo não ter ganho honestamente as suas posses, pediu ao Papa Urbano IV a absolvição geral e empregou os seus haveres em boas obras. Era bem idoso já, quando lhe nasceu Juliana. As primeiras palavras que a menina pronunciou foram Jesus e Maria. Caríssimo morreu pouco tempo depois.

Desde 1284, recebeu o hábito da Ordem Terceira na Congregação dos Servitas, dado por São Filipe Benício. Durante um ano foi objeto de admiração para sua família e para sua mãe. Na presença de São Filipe fez ainda a sua Profissão Religiosa; pouco tempo depois ele faleceu, não sem recomendar-lhe a Congregação toda, mas particularmente as Irmãs.

Após a morte de sua mãe, ocupou-se em reunir aquelas que, querendo se consagrar a Deus como ela, até então tinham vivido nas casas de suas famílias. Uma vez todas instaladas na casa, ela própria quis pedir a admissão. O Papa Bento XI, em 1304, declarou essa Congregação uma verdadeira Ordem Religiosa. Dois anos mais tarde, Juliana aceitou ser Superiora. Tendo bem consciência de que aquele que está mais altamente colocado deve ser o servo dos outros, procurava sempre os trabalhos mais humildes. Dormia pouco, estendida sobre chão nu; suas orações, que duravam até um dia inteiro, obtiveram-lhe a graça e a força de resistir às mais abomináveis tentações. Pacificou discórdias civis, interessou-se pelos pobres e pelos doentes, que ela curava ao contato de suas mãos.

No fim de sua vida, por causa de uma doença do estômago, não suportou mais alimento algum, nem mesmo a comunhão. Na hora da morte, não podendo receber o viático, suplicou ao Pe. Tiago de Campo Régio que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se estendeu então por terra, e com os braços em cruz, quis que um corporal fosse estendido sobre o seu peito e que a santa hóstia fosse aí depositada; esta, assim que foi depositada, desapareceu misteriosamente, e Juliana morreu dizendo: “Meu doce Jesus” : era o dia 19 de junho de 1341.

Deus, nosso Pai, ajudai-nos a servir ativamente a todos os que sofrem no corpo e na alma, individual e coletivamente, quer estejam em necessidades físicas ou espirituais. Amém.

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