Nascido no dia de Pentecoste, 16 de maio de 1550, em Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona e morto nas proximidades de Valência, em Villa Real a 17 de maio de 1592, dia de Pentecoste, este humilde “irmão leigo franciscano”, que não se julgou digno do sacerdócio, foi realmente “pentecostal” isto é, favorecido extraordinariamente pelos dons do Espírito Santo, entre os quais o da sabedoria infusa. Pascoal Baylon, iletrado, passou os anos de vida religiosa exercendo a modesta função de porteiro, mas é considerado o teólogo da eucaristia, não só pelas disputas que sustentou contra os calvinistas da França durante uma viagem sua a Paris, mas também por seus escritos que nos deixou, uma espécie de compêndio dos maiores tratados sobre esse assunto. Acima das doutas dissertações, a eucaristia foi o centro da sua intensa vida espiritual e mereceu ser proclamado pelo Papa Leão XIII Patrono das Obras Eucarísticas e, em 1897, Patrono dos Congressos Eucarísticos Internacionais.
Os seus pais, muito pobres, o haviam encaminhado ao trabalho em tenra idade, mandando pastorear as ovelhas de família e mais tarde a servir de empregado de um rico criador. Longe do convívio humano e da igreja, passava horas inteiras em oração, privando-se do pouco alimento para mortificar o próprio corpo, que seguidamente submetia a flagelações. Aos dezoito anos fez o pedido de ser admitido no Convento de Santa Maria de Loreto dos franciscanos reformados, mas a resposta foi claramente negativa. Ele por sua vez rejeitou uma rica herança que lhe ofereceu um grande criador daquela região, Martinho Garcia. Enfim a fama da santidade e de alguns prodígios operados abriram-lhe as portas do Convento, onde pôde emitir os votos religiosos em 2 de fevereiro de 1564, como “irmão leigo” pois não se julgava digno de aspirar ao sacerdócio.
Enquanto apascentava o rebanho pouco distante do Convento, antes de ser admitido, caía em êxtase ao som da campainha da elevação. Este impulso de devoção eucarística foi também a característica da sua vida religiosa, durante a qual acrescentou as mortificações ao corpo, debilitando-o até o limite da capacidade e da resistência. Morreu jovem, com a idade de cinquenta anos. Vinte e seis anos depois, a 29 de outubro de 1618, era proclamado Bem-aventurado, e em 1690, santo.
Vinde, Senhor Deus dos vivos e dos mortos, Deus de nossos antepassados, que caminhais à frente de todas as gerações do passado, do presente e do futuro. Vinde, apressai-vos em nos socorrer! Amém.