17 de julho – Memória do Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero e seus companheiros, mártires

Nasceu Inácio em Portugal, no Porto, em 1526. Recebeu uma cuidadosa educação e torturou-se o administrador dos bens familiares aos dezoito anos de idade. Após um retiro realizado em Coimbra, decidiu-se pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus (Jesuítas), em 1548. Revelou-se logo excelente Religioso.

Tornou-se Vice-provincial em 1556. Depois de terminados seus estudos, foi mandado a Braga, para assessorar o Bispo da cidade na reforma da Diocese. Mais tarde foi eleito por sua comunidade para ir à Roma para a eleição do novo Superior Geral. Assim, em 1565, foi eleito São Francisco de Borja que confiou a Inácio a inspeção das missões das Índias e do Brasil. Essa visita durou cerca de três anos. Após cinco meses de exercícios religiosos e preparativos, partiram, a 5 de junho de 1570, Azevedo e 39 companheiros, no navio mercante “São Tiago”.

Oito dias depois, alcançavam a Ilha da Madeira, onde Dom Luís decidiu permanecer a fim de esperar ventos mais favoráveis. Mas o Capitão do “São Tiago” preferiu demandar às Ilhas Canárias, apesar de se falar em perigosos piratas, sobretudo franceses. A “São Tiago”, perto da Grande Canária, antes de seguir para Las Palmas, onde faria escala, ancorou num pequeno porto, onde Inácio foi aconselhado a deixar o barco. Todavia, inspirado talvez por Deus, o Bem-aventurado preferiu permanecer a bordo. Deixando o pequenino ancoradouro, a nau alcançou o alto-mar, onde foi alcançada pelo corsário francês Jaques Sourie, que partira de La Rochelle para capturar os Jesuítas. Após séria luta corpo a corpo, a “São Tiago” foi dominada pelos Calvinistas; Sourie declarou salvar a vida de todos os sobreviventes com exceção dos Jesuítas; estes foram então friamente degolados.

Assim morreu Inácio de Azevedo. De seus quarenta companheiros de martírio, nove eram espanhóis, os demais portugueses. O culto desses Mártires foi confirmado pelo Papa Pio IX em 1854.

Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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