Antão nasceu em Coman, no coração do Egito no ano 251 e faleceu no ano de 356. De família abastada, aos vinte anos de idade sentiu-se chamado a seguir o Senhor no deserto, ouvindo o Evangelho na liturgia: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis e dá aos pobres” (Mt 19,21); “Não vos preocupeis com o dia de amanhã” (Mt 6,34). É o monge mais ilustre da Igreja antiga, considerado o pai dos monges e de todas as formas de vida religiosa. Seu exemplo teve vasta ressonância, mesmo sem os meios atuais de comunicações, atingindo rapidamente todo o mundo, e foi propagado em toda a Igreja por Santo Atanásio, que fora bispo de Alexandria.
Refugiou-se, primeiro em lugares desertos e inóspitos, depois nas margens do mar Vermelho, onde teve vida de anacoreta durante oitenta anos. Apesar de viver em constante oração e penitência, era afligido com fortes tentações. É conhecido também como Santo Antônio Abade ou Santo Antônio do porquinho, pois diz-se que, por vezes, o tentador lhe aparecia em figura de porco. Os colonos imigrantes italianos, da região de Caxias do Sul, RS, costumavam engordar o “porquinho de Santo Antônio” para a festa do Santo.
Santo Antão é invocado como protetor dos animais, dos animais domésticos e contra a dolorosa erisipela e o eczema, conhecida precisamente como “fogo de santo Antão”.
Ó Deus, que chamastes ao deserto Santo Antão, pai dos monges, para vos servir por uma vida heroica, dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de tudo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.