O cristianismo e, de modo especial, os missionários procuram preservar os valores genuínos de cada povo. Por isso oito jesuítas, entre eles João de Brébeuf, morreram no Canadá na metade do século XVII.
Nasceu em 1593 na França. Tornou-se jesuíta ordenando-se padre no dia em que completou 29 anos. Três anos após partiu para o Canadá em companhia de Massé, Lalemant e José Roche d’Aillon. Foi direto trabalhar entre os índios algonquinos. Logo aprendeu a língua deles chegando a escrever nela uma gramática e livros catequéticos. Passou depois para a tribo dos urones. Também nessa língua redigiu um catecismo.
Sua vida inteira foi um martírio. Morava em choupanas de uma extrema pobreza, uma pequena imagem do inferno. No dia 16 de março de 1649 a tribo dos iroqueses, adversários dos urones, invadiram a missão, amarraram João de Brébeuf num pau, arrancaram-lhe as unhas, bateram nele de mil maneiras, torturando-o de todos os modos, e por fim, admirados pela sua coragem, partiram-lhe o peito e comeram-lhe o coração para herdarem a força da sua alma. Com sete outros companheiros mártires: Antônio Daniel, Carlos Garnier, Gabriel Lalemant, João de la Lande, Isac Jogues, Natal Chabanel e Renato Goupil, foi canonizado no dia 29 de junho de 1931.
Ó Deus, que consagrastes os primórdios da Igreja na América Setentrional com a pregação e o sangue de vossos mártires João e seus companheiros, concedei que, por sua intercessão, floresçam sempre e por toda parte as comunidades cristãs. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.