Vito foi um dos Santos mais populares da Idade Média. Sua figura foi envolvida pela lenda, que se caracterizou na fantasiosa Paixão redigida no século VII, e agora torna-se impossível distinguir o que é verdadeiro e o que é lendário, embora seja possível precaver-se das grosseiras invenções. É com este espírito que os especialistas que redigiram o Calendário reformado formularam a respeito de 15 de junho a seguinte nota: “A memória de São Vito, mártir de Lucânia, embora antiga, fica reservada a calendários particulares”.
A lenda é muito conhecida: Vito, Siciliano de nascimento, com apenas 7 anos já é cristão convicto e começa a operar vários prodígios. O Prefeito Valeriano ordena sua prisão e tenta com adulações e com ameaças fazê-lo apostatar. Mas de nada valem também os desesperados apelos de seu próprio pai, pagão obstinado. O pequeno Vito tem ao seu lado o exemplo de coragem e fidelidade, o pedagogo Modesto e a nutriz Crescência. Os três foram milagrosamente libertados por um Anjo e puderam se retirar para Lucânia, onde continuaram a dar testemunho da sua fé com palavras e prodígios. A fama de São Vito chegou até aos ouvidos do Imperador Diocleciano, cujo filho estava doente epilético, doença então impressionante.
São Vito foi levado a Roma, curou o moço e por recompensa foi torturado e jogado novamente no cárcere. Mas o Anjo liberta-o e finalmente, voltando a Lucânia, Vito pôde dar juntamente com Modesto e Crescência o supremo testemunho do martírio no ano 303.
Deus, nosso Pai, dai-nos humildade para reconhecer a nossa fragilidade e a transitoriedade de nossa existência. Amém.