Hoje a Igreja Latina celebra Constantino. Foi rei e coroou sua atribuladíssima vida com o martírio. Da obscuridade da Idade Média ele emerge para impôr-se a devoção dos cristãos especialmente da Grã-Bretanha e da Irlanda. Não começou bem a vida. Maculou-se com várias culpas inclusive com assassinatos e sacrilégios. Para ficar mais livre no seu mau comportamento público e particular divorciou-se da legítima esposa. Converteu-se, porém, ainda jovem e mudou radicalmente de vida. Renunciou ao trono e para fazer penitência das culpas cometidas ingressou no mosteiro inglês de Rathan.
A vida monacal inglesa estava em pleno desenvolvimento, iniciada com a pregação de São Patrício e continuada através dos muitos santos. Sob a direção de São Columbano, o ex-rei Constantino, ordenado sacerdote depois de sete anos de vida austera no exercício da ascese cristã e no estudo da Sagrada Escritura, voltou à Escócia, desta vez não com as insígnias reais, mas debaixo das humildes vestes monacais, para pregar o Evangelho. Foi nesse período que o país dos Pitti se converteu ao cristianismo, assumindo o nome de Escócia, que até aquela época pertencia a Irlanda.
Constantino tinha ido edificar o reino de Deus na terra que tinha sido o palco de suas extravagâncias e culpas, já apagadas pelo perdão de Deus e pelo eficaz testemunho de amor a Jesus Cristo. Colheu a palma do martírio na Escócia onde foi trucidado pelos fanáticos pagãos, consequência das suas pregações nas praças públicas.
Deus, nosso Pai, nós vos pedimos por aqueles que não têm liberdade de expressão e são censurados, intimidados, porque pensam e dizem a verdade. Pedimos pelos que não têm voz nem vez em nossa sociedade. Pelos que denunciam, por todos os meios, a mentira, a injustiça e, por isso, são postos à margem, quando não assassinados. Jamais nos faltem a coragem, a ousadia que procedem da fé. Libertai-nos, Senhor, pela vossa verdade. Amém.