11 de julho – Memória de São Bento, abade

Nasceu em Núrsia no ano de 480. Homem amante das coisas concretas e claras, Bento resumia sua Regra num lema eficaz: Ora e trabalha, restituindo à ascese cristã o caráter de contemplação e ação, conforme o espírito e a letra do Evangelho. O verdadeiro Monge devia ser – assim se lê no Segundo Capítulo da Regra: “Não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador, não detrator… mas casto, manso, zeloso, humilde, obediente”. Como nos informa o Livro II dos Diálogos de São Gregório Magno, Bento, jovem patrício da família Anícia, enviado a Roma para que aprendesse retórica e filosofia, desiludido da vida que aí se vivia, abandonou a cidade para retirar-se em Enfide (hoje Affile), dedicando-se ao estudo numa vida de rigorosa disciplina ascética. Não satisfeito com aquela relativa solidão, aos 20 anos, sob a guia de um piedoso Ermitão, escondeu-se numa espelunca do Subiaco.

Três anos de meditações e penitências. Depois, a breve estada entre os Monges de Vicovaro, que o elegeram Prior e depois tentaram desfazer-se dele, envenenando-lhe a bebida, pois estavam descontentes com a disciplina que lhes havia imposto. Com um grupo de jovens, emigrou para Nápoles, escolhendo sua morada no sapé da Montanha de Cassino, onde edificou o primeiro Mosteiro, fechado dos quatro lados, como uma fortaleza e aberto à luz do alto como uma grande vasilha que recebe do céu a benéfica seiva para depois despejá-la no mundo. O emblema monástico, a cruz e o arado, tornou-se a expressão deste novo modo de conceber a ascese cristã, oração e trabalho, para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade, sobre as ruínas do mundo romano. Bento, procedido no túmulo pela irmã Santa Escolástica, previu o dia da sua morte, acontecida provavelmente em 547.

Em 1964 o Papa Paulo VI declarava São Bento Padroeiro principal da Europa, tributando desse modo um justo reconhecimento ao Santo a quem a civilização europeia deve muito.

Ó Deus, que fizestes o Abade São Bento preclaro mestre na escola do vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao vosso amor, corramos de coração dilatado no caminho dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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