O Papa Pio XII, instituindo em 1955 a Memória de São José Operário, quis oferecer ao trabalhador cristão um modelo e um protetor. O próprio Cristo quis ser um trabalhador manual, passando grande parte de sua vida na oficina de São José, o Santo das mãos calejadas, o carpinteiro de Nazaré.
Numa época em que o trabalho manual era entregue aos cuidados dos escravos, Cícero escrevia: “(…) Tem uma inferior profissão todos os artesões, porque numa oficina não pode haver algo de decoroso”. O filósofo Aristóteles tinha sido mais categórico ao perguntar em seu primeiro livro da Política: “Devem-se contar entre os cidadãos também os operários mecânicos?”
A resposta foi dada pelo exemplo de Jesus Cristo que quis condividir a condição operária ao lado de José, e veio da tomada de consciência do próprio movimento operário, que neste dia celebra a festa do trabalho e as conquistas no campo social, sindical e econômico. Para ressaltar a nobreza do trabalho a Igreja Católica propõe para a nossa meditação São José Operário.
Os Papas Pio XII e São João XXIII (o Papa que introduziu o nome de São José no cânon da missa) renderam homenagem a este exemplar de vida cristã, ao homem laborioso e honesto, fiel à Palavra de Deus, obediente, virtudes que o Evangelho sintetiza em duas palavras: “homem justo”. “Os proletários e os operários – escrevia o Papa Leão XIII – tem como direito especial o de recorrer a São José e de procurar imitá-lo. José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todas as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo, passou a vida toda a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família”.
Ó Deus, criador do universo, que destes aos seres humanos a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e proteção de São José, cumprir as nossas tarefas e alcançar os prêmios prometidos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.