Teófilo foi um dos mais ilustres Bispos da Igreja do Oriente em fins do século II. Tornou-se célebre pelo seu cuidado em defender a tradição. Governava a Igreja em Cesareia da Palestina há já algum tempo quando se renovaram as discussões em torno da Celebração da Páscoa, surgidas quarenta anos antes, quando ainda viviam São Policarpo e o Papa Santo Aniceto.
São Teófilo, junto com Narciso de Jerusalém, presidiu uma assembleia de Bispos da Palestina e compôs uma carta sinodal para combater aqueles que celebravam a Páscoa no mesmo dia dos judeus. Nesta carta, estabelece, entre outras verdades, que o costume de celebrar a Ressurreição de Jesus Cristo no domingo era uma tradição apostólica. Vale a pena lermos o que escrevia no final dessa importante carta: “Tende cuidado de enviar exemplares de nossa carta a cada cristandade, a fim de que não sejamos responsáveis pela perda das almas daqueles que facilmente se desviam. Nós vos declaramos que os de Alexandria celebram também a Páscoa no mesmo dia que nós. Receberam, com efeito, nossas cartas e nos responderam; daí resulta que celebramos o santo dia em conformidade com eles”.
É pouco o que sabemos ainda sobre São Teófilo. Sabemos que se dedicou com grande afinco ao cuidado de suas ovelhas, com tal zelo e tanto amor que era considerado mais como pai carinhoso do que como pastor. Depois de marcar seu pontificado com multidão de benefícios e de haver dado grandes exemplos de virtude e piedade, entregou a alma a Deus. Se não sofreu o martírio, foi porque a ocasião lhe faltou.
Fazei, Senhor, que comamos o pão com o suor de nosso rosto e tenhamos uma vida digna, humana, feliz, fruto do esforço e do trabalho de nossas mãos. E a quem bater à nossa porta tenhamos ao menos um copo d’água a oferecer. Amém.