10 de agosto – Festa de São Lourenço, diácono e mártir

Nas Atas do martírio de São Lourenço lê-se que o mártir, antes de ser posto sobre a grelha aquecida por carvões ardentes, quis rezar por Roma. A cidade foi-lhe grata por este ato de amor dedicando-lhe nada menos que trinta e quatro igrejas, a primeira delas, segundo o costume, no lugar do martírio. Até mesmo os padroeiros principais da cidade, São Pedro e São Paulo não tiveram tanta honra.

A sua imagem, aureolada de lenda já nos escritores bem próximos deles (como Prudêncio), nos é familiar no gesto de distribuir aos pobres as coletas dos cristãos de Roma. Esta era de fato uma das funções dos diáconos, e Lourenço, feito diácono pelo Papa Sisto II, era o arcediago da comunidade dos diáconos romanos. É compreensível por isso que no auge da perseguição de Valeriano, o próprio pontífice, preso e conduzido ao martírio, deu ao diácono o encargo de distribuir tudo o que tinha aos pobres. Quando o imperador – se lê na Paixão – impôs a Lourenço de entregar-lhe os tesouros dos quais tinha ouvido falar, ele reuniu diante de Valeriano um grupo de indigentes exclamando: “Eis aqui os nossos tesouros que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”.

A esta aguda e sábia resposta fazem eco as últimas palavras do mártir, que colocado sobre um braseiro ardente e já vermelho como um tição de fogo, teria encontrado coragem de fazer uma piada: “Vira-me, dizia ao carrasco, que já estou bem assado deste lado”. O Diácono Lourenço sofreu o martírio em 10 de agosto de 258.

Ó Deus, o vosso Diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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