Páscoa: uma celebração Para todos os dias

A Voz do Pároco Março – Abril – 2022

Há poucos dias revivemos, para os que creem, a semana mais importante do ano. Semana, onde nós recordamos a maior manifestação de amor ao mundo. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus”. Assim foi Jesus, depois de ter passado pelas ruas, povoados das cidades acolhendo a todos, dirigindo palavras de conforto às pessoas, curando pessoas doentes, expulsando demônios, recuperando a vista dos cegos, o ouvido dos surdos, libertando a língua dos mudos, multiplicando o pão, ter ceado com os seus discípulos e deixado o grande memorial, a Ceia, a nossa Eucaristia. Jesus, depois foi para o Horto das Oliveiras. Ali, começou o seu calvário: a traição de Judas. Vimos que poucos acompanharam Jesus. Conduzido às autoridades, estes não reconhecem mal nele, no entanto, a multidão o acusa: “ Achamos este homem fazendo subversão entre o povo, proibindo pagar impostos a Cesar e afirmando ser ele mesmo, Cristo, o rei”, “crucifica-o” (cf. Lc 23,2). Dessa forma, Jesus é condenado. Depois de flagelado, colocam sobre ele uma coroa de espinhos, não bastasse o sofrimento, ainda lhe dão um madeiro, um pedaço da cruz para carregar. No caminho ao monte gólgota, cai por três vezes, encontra Verônica que lhe enxuga o rosto. Contempla as mulheres de Jerusalém, que choram, e Jesus lhes diz: “Filhas de Jerusalém não choreis sobre mim…”! Encontra também o velho Cirineu que o ajuda a carregar a cruz. No calvário, depois de o colocar sobre o madeiro, o erguem e é colocado entre dois ladrões, um xinga, outro, humildemente reconhece seus erros. Jesus silencia, não tem muitas palavras, não se  justifica, diz apenas: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o fazem” (cf. Lc 23, 34), também pronunciará suas últimas palavras: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espirito”(cf. 23,46). Um discípulo de Jesus, José de Arimateia, consegue junto às autoridades, a liberação do corpo, e juntamente com outras mulheres sepultam Jesus. Não permanecerá no mundo das mortes, mas ressurgirá. Viverá para sempre, e continuará no meio de Nós. Jesus, estará conosco com sua palavra e com a Eucaristia. Cada vez que a celebramos a Missa, nós estamos vivendo a Vida, Morte e Ressureição de Jesus.
A Eucaristia é a grande lição da partilha. Jesus ao lavar os pés dos discípulos nos ensina a lição da humildade, do serviço, da solidariedade.
A Páscoa nos lembra uma passagem que todos os dias precisamos fazer: sermos pessoas melhores. Realizamos esta passagem quando somos solidários, nos preocupamos com os outros, quando somos justos, honestos, virtuosos. Também, quando combatemos o individualismo e nos empenhamos para criarmos políticas públicas para que todos tenham acesso ao
trabalho, estudo, moradia, saúde. A participação na Eucaristia não é um ato isolado, mas a mais importante ação do cristão, por que Ela nos coloca em comunhão com Deus e com os irmãos.

Pe. Mario Pizetta, ssp
Administrador Paroquial

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