Marcelo vem apresentado em atitude esquisita para um papa: num estábulo cuidando de cavalos e burros. Diz uma lenda que enquanto o papa Marcelo celebrava missa em casa de uma patrícia romana e repreendia o imperador Maximiano pela sua crueldade contra os cristãos, o imperador irritado mandou invadir a casa, transformá-la em estrebaria e obrigou Marcelo a tomar conta dos animais. Ali ficou até morrer em Roma no ano de 309. Por isso é invocado como o protetor dos que cuidam dos animais.
Marcelo foi papa só durante um ano e foi dúplice o empenho do seu breve pontificado: a reestruturação das paróquias romanas devastadas pela cruel perseguição de Diocleciano e o rigor para com os chamados lapsi (os que renegaram a fé diante de uma perseguição) que pretendiam receber os sacramentos sem terem cumprido as penitências que lhes tinham sido impostas ou prescritas.
Deus, nosso Pai, dai-nos o bom senso, o bom humor dos santos, a virtude de não nos escandalizarmos com nada, pois o maior escândalo foi a vossa morte na cruz. Injusta e inocentemente fostes condenado, quando escribas, sacerdotes e anciãos do povo, chefes políticos, cumpridores da Lei, gente sábia e gente ignorante, todos julgavam com a vossa morte prestar um tributo a Deus e a César. Dai-nos um ânimo altivo, que nada esmoreça a nossa esperança e nada arrefeça a nossa alegria, pois nem a tristeza, nem a dor nem o sofrimento, nada é maior do que o mistério da ressurreição operada em vosso Filho Jesus. Amém.