O povo que escutava suas prédicas chamava-o de “anjo da paz”. Com as armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu de fato conter o impressionante fenômeno do banditismo que proliferava nas periferias de Roma. Peregrinos e mercadores caíam infalivelmente nas emboscadas dos marginais. De nada adiantavam as expulsões, sanções e execuções capitais. O Papa Leão XII recorreu então a Gaspar de Búfalo, que conseguiu amansar os bandidos mais temíveis. Porém, muitos outros méritos teve este Santo, que o Papa João XXIII definiu “glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”.
Gaspar nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filhos de Antônio e Anunciata Quartieroni. Tinha começado às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar de Búfalo recebeu do Papa Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício.
Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção. Fundou em 1815 a Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado por Maria de Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Morreu em Roma, a 28 de dezembro de 1837. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1954.
Deus, nosso Pai, dai-nos a graça de jamais cessar de vos buscar a face, conforme o vosso Espírito nos inspirar. Amém.