Ubaldo nasceu de uma família de origem alemã em 1085. Ficou órfão de pai e mãe em tenra idade, foi criado por um tio, que cuidou da educação sobre sólidas bases religiosas. Mas quando tinha pouco mais de 15 anos manifestou o desejo de retirar-se para a solidão para fazer vida de ermitão longe das lisonjas da cidade. Foi o próprio tio a dissuadi-lo, consentindo porém que ele fizesse vida comum com os Cônegos de São Segundo. Em 1104, foi tirado daí pelo Bispo João, que o quis junto de si para confiar-lhe a reforma eclesiástica.
Em 1114, Ubaldo recebeu a ordenação sacerdotal e foi eleito Prior da comunidade religiosa acolhida na Paróquia de São Mariano, titular da Catedral. À primeira comunidade imprimiu um novo impulso ascético, baseado no exemplo de São Pedro Damião, que havia transformado Fonte Avelana em um centro exemplar de vida cristã. Para Fonte Avelana dirigiu-se o próprio Ubaldo, depois que um incêndio devastou em 1126 a Catedral e a Casa Paroquial, dispersando a sua comunidade. Em 1129 o Papa Honório II designou-o Bispo de Gúbio e lhe conferiu pessoalmente a consagração. Trinta e um anos durou o seu episcopado. Foi um pastor manso e providente, ativíssimo e corajoso. Amado pelo povo pela firmeza com que defendia os fracos contra a arrogância dos feudatários, o Bispo Ubaldo soube ganhar o reconhecimento da cidade inteira em 1155, salvando a cidade da ameaça de uma total destruição da parte de Frederico Barba-roxa. Mas Ubaldo era essencialmente um homem de paz: sempre recorria às armas da persuasão, da caridade e da doçura para dobrar os adversários, mesmo os mais obstinados.
Morreu na madrugada do dia 16 de maio de 1160. O unânime sentimento de devoção do povo de Gúbio, que o havia proclamado seu celeste padroeiro imediatamente depois da morte, antecipou o reconhecimento oficial da Igreja, que o incluiu no álbum dos santos, apenas trinta anos depois, em 5 de março de 1192.
Deus, nosso Pai, livra-nos do silêncio diante da injustiça social; livra-nos do silêncio “prudente”, para não nos comprometer. Amém.